Mês de julho é dedicado a enfrentar racismo, sexismo e todas formas de discriminação contra pretas e pardas
A partir da esq.: Vania Duarte, Kricilaine Oksman, Cláudio Silva, Alberto Oksman (defensor de Bandeirantes), Dani Martins, Greice Martins, Lucas Tonet (vereador de Jaraguari) e Maria Martins (crédito da foto: Matheus Teixeira)
Texto: Matheus Teixeira
Em 25 de julho – Dia Internacional da Mulher Afro-Latino-Americana, Afro-Caribenha e da Diáspora, e Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra –, a Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul foi a Jaraguari para participar de mais uma atividade do Julho das Pretas, um mês dedicado ao enfrentamento ao racismo, ao sexismo e a todas as formas de discriminação contra mulheres pretas e pardas.
Resumo da notícia feito com Inteligência Artificial (IA), editado por humano: Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul participa do Julho das Pretas em Jaraguari, reforçando o combate ao racismo e ao sexismo e promovendo os direitos das mulheres negras e quilombolas.
“O Julho das Pretas representa a luta, resistência e a importância da mulher negra à frente e atuante em qualquer área”, expõe Maria Aparecida Silva Martins, presidenta da Associação de Pequenos Produtores Rurais de Furnas do Dionísio. Ela é negra e, coincidentemente, faz aniversário em 25 de julho. Não poderia haver data melhor para ela receber o evento na sede da associação que representa.
Kricilaine Oliveira Souza Oksman, defensora pública coordenadora do Núcleo Institucional de Promoção e Defesa dos Direitos das Mulheres (Nudem), compôs a mesa de honra do evento ao lado de autoridades como Vania Lucia Baptista Duarte, subsecretária estadual de Políticas Públicas para a Promoção da Igualdade Racial, Cláudio Ferreira da Silva, prefeito de Jaraguari, Greice Martins, coordenadora municipal de Políticas Públicas pela Igualdade Racial, a vereadora Dani Martins, 1ª secretária da Câmara de Jaraguari, Maria Martins e mulheres pretas da comunidade local – a maioria, quilombolas de Furnas do Dionísio.
Maria Martins é presidenta da Associação de Pequenos Produtores Rurais de Furnas do Dionísio e faz aniversário no Dia da Mulher Negra (crédito da foto: Matheus Teixeira)
“É uma data extremamente significativa, momento de relembrarmos e comemorarmos a existência das mulheres negras! E a Defensoria Pública tem um trabalho muito consistente para viabilizar a essas mulheres a garantia dos seus direitos, a sua dignidade e o seu espaço”, expõe Kricilaine Oksman. Por ser branca e reconhecer que o evento dá protagonismo às pretas, chamou para falar ao microfone duas colegas de Nudem, ambas negras: Isabela Alves Nantes Zacarias, assistente social, e Keila de Oliveira Antonio, psicóloga e neta de quilombola.
Encontros como o Julho das Pretas, organizado pelos governos estadual e municipal, fomentam o debate sobre ancestralidade, direitos humanos, políticas públicas de gênero e combate à desigualdade de raça e gênero. “Ainda se faz necessário o Julho das Pretas para refletirmos a nossa sociedade e vermos: ‘tá tudo bem?’, ‘tá tudo certo?’. Ou precisamos fazer diferentes enfrentamentos?”, questiona Duarte.
Kricilaine Oksman: “A Defensoria tem um trabalho muito consistente para viabilizar a mulheres negras a garantia dos seus direitos, a sua dignidade e o seu espaço” (crédito da foto: Matheus Teixeira)
Quem são as e os quilombolas?
Quilombolas são descendentes de algumas pessoas escravizadas, as quais fugiram e formaram comunidades. Os quilombos surgiram no Brasil durante a colonização portuguesa, sistema do qual seus moradores eram contrários. As quilombolas e os quilombolas vivem em coletividade para resistir e lutar por vidas mais dignas, com manutenção de seus costumes.
Equipe da Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul com mulheres pretas que são líderes (crédito da foto: Matheus Teixeira)
Julho das Pretas reúne mulheres do quilombo Furnas do Dionísio (crédito da foto: Matheus Teixeira)