Evento foi em alusão ao Dia Nacional da Defensoria Pública (Foto: Vitor Ilis)
Texto: Guilherme Henri
Em alusão ao Dia Nacional da Defensoria Pública, da Defensora e do Defensor Público, celebrado em 19 de maio, a Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul (DPE-MS) promoveu a palestra “Uso da Inteligência Artificial na Rotina da Defensoria Pública”, evento realizado pela Escola Superior da Defensoria Pública (ESDP) em parceria com a Associação das Defensoras e dos Defensores (ADEP-MS).
O encontro, que reuniu defensoras e defensores públicos de todo o estado, aconteceu presencialmente na ESDP e foi conduzido pelo defensor público gaúcho Marcelo Martins Piton.
O defensor público Pedro de Luna Souza Leite foi responsável pela mediação, e a defensora pública substituta, Raphaela da Silva Nascimento presidiu os trabalhos.
Em seu discurso de abertura, o defensor público-geral, Pedro Paulo Gasparini, exaltou a importância do tema.
“A familiaridade com a IA, mesmo nos formatos mais simples, já melhora significativamente nossa rotina, seja no atendimento aos assistidos ou na gestão interna da instituição. Esses recursos chegaram para ficar”, pontua.
Defensori pública-geral, Pedro Paulo Gasparini (Foto: Vitor Ilis)
A diretora da ESDP, defensora pública Débora Maria de Souza Paulino, ressaltou o papel da escola como agente formador de profissionais humanos e conscientes.
“Nossa missão é construir uma justiça acessível, plural e transformadora. A tecnologia, pensada a serviço da cidadania, é uma aliada nesse processo, desde que orientada por princípios éticos e pelo respeito aos direitos humanos”, afirmou.
Diretora da ESDP, defensora pública Debora Maria de Souza Lima (Foto: Vitor Ilis)
Já a defensora pública de Segunda Instância e presidenta da ADEP-MS, Nancy Gomes de Carvalho, fez uma reflexão sobre o passado e o futuro da carreira.
“Podemos contar com as ferramentas digitais, mas o acolhimento precisa continuar sendo feito com sensibilidade e empatia”, disse.
Presidenta da Adep-MS, defensora de 2ª Instãncia Nancy Gomes de Carvalho (Foto: Vitor Ilis)
Palestra
Reconhecido nacionalmente pelo estudo e aplicação de tecnologias no serviço público, Piton destacou como as ferramentas de Inteligência Artificial (IA) vêm sendo integradas ao cotidiano da Defensoria para otimizar fluxos de trabalho e ampliar o acesso à justiça.
“A IA não substitui nossa atuação, mas potencializa nossa capacidade de resposta. Ela permite que dediquemos mais tempo ao que realmente importa: o atendimento humano e sensível à população mais vulnerável. Usar bem essa tecnologia é um ato de empatia institucional”, afirmou o defensor do RS.
Palestrante, defensor público do RS, Marcelo Martins Piton (Foto: Vitor Ilis)
O impacto na “ponta”
Defensor público em Porto Murtinho, Vinícius Azevedo, considerou que debater e aprender sobre inteligência artificial no âmbito das atividades funcionais deixou de ser uma opção.
”Com o advento avassalador da ferramenta no judiciário, a Defensoria Pública não pode ficar para trás, sendo imperioso o entendimento de como a IA pode nos auxiliar nas mais diversas demandas do cotidiano, potencializando os resultados que buscamos para garantir os direitos das assistidas e dos assistidos”, pontuou.
Mediadores, defensora Raphaela Nascimento e defensor Pedro Luna (Foto: Vitor Ilis)