(Foto: Ilustrativa/ Pixabay)
Texto: Guilherme Henri
A Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul acompanha a falta de vagas hospitalares diante do agravamento da crise na saúde pública de Campo Grande.
Segundo a coordenadora do Núcleo de Atenção à Saúde (NAS), defensora pública Eni Maria Sezerino Diniz, a demanda por vagas cresceu de 55 casos/mês para 90 entre fevereiro e março de 2025, um aumento de quase 64% em somente um mês.
“A maioria dos casos envolve pacientes vítimas de acidente vascular cerebral (AVC). Além disso, 90% dos assistidos que buscam vagas hospitalares vêm de unidades do Centro Regional de Saúde (CRS) e da Unidade de Pronto Atendimento (UPA), evidenciando a sobrecarga nesses serviços”, destaca a coordenadora.
Na última sexta-feira (28), somente até o início da tarde, a Defensoria já havia recebido 13 pedidos para internação hospitalar, um número considerado atípico, já que a média semanal costumava ser de seis solicitações.
“Nestes casos, a Defensoria atua por meio de ações individuais para garantir a internação dos pacientes, mas também trabalha em uma frente coletiva para estabelecer um fluxo mais rápido para esses atendimentos”, detalha a defensora.
Com esse objetivo, a coordenadora do NAS se reunirá nesta terça-feira (1º), pela manhã, com a gestão da Central de Regulação da Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande.
O encontro tem o objetivo de otimizar o processo de encaminhamento de pacientes e acelerar o acesso aos leitos hospitalares, diante da crescente demanda.
Coordenadora do NAS, defensora Eni Sezerino Diniz. (Arquivo/ DPEMS)