Texto: Vitor Ilis
A Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul foi capa da edição de domingo do jornal O Estado MS. A coordenadora do Núcleo de Defesa das Mulheres (Nudem), defensora pública de segunda instância Zeliana Luzia Delarissa Sabala, destacou os desafios enfrentados pela instituição na proteção e assistência a mulheres vítimas de violência.
Segundo a defensora, o núcleo acolhe cerca de 30 mulheres diariamente, muitas delas em situação de extrema vulnerabilidade, por isso, ressaltou a importância de um atendimento humanizado. “O nosso trabalho é fazer com que as mulheres entendam que não precisam viver em um ciclo de violência, merecem respeito e dignidade”, afirmou.
Zeliana também pontuou as dificuldades no acesso ao serviço de atendimento em regiões remotas e áreas periféricas, citando como exemplo as aldeias indígenas em Corumbá, onde o atendimento às mulheres vítimas de violência é dificultado pela distância e pelo tempo necessário para se deslocar.
“Em algumas situações, os servidores da Defensoria precisam fazer uma viagem de dois dias de barco para alcançar essas mulheres. É um desafio grande, mas é uma parte fundamental do nosso trabalho: estar presente onde essas mulheres mais precisam”, explicou a coordenadora do Nudem.
Durante a entrevista, a defensora pública também destacou o crescente aumento da violência de gênero e a evolução das formas de crueldade aplicadas contra as mulheres. De acordo com Zeliana, a violência tem se tornado cada vez mais intensa, o que reforça a necessidade de uma atuação mais incisiva e de uma rede de apoio ainda mais forte.
“A violência contra a mulher vem se manifestando de maneira mais cruel e diversificada, o que demanda um esforço contínuo para garantir a proteção dessas vítimas”, completou.
O Nudem completa nesta semana 10 anos de atuação, com a missão de garantir às mulheres sul-mato-grossenses acesso à justiça, oferecendo suporte jurídico, psicológico e social.
Além disso, a Defensoria Pública atua de forma integrada com outros órgãos do sistema de justiça e políticas públicas, visando assegurar que as mulheres consigam romper com o ciclo de violência e reconstruir suas vidas.
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