Defensora pública-geral, Patrícia Elias Cozzolino de Oliveira e moradora da Aldeia Água Bonita.
Texto: Carla Gavilan Carvalho Nantes
A convite do Governo do Estado, a Defensoria Pública de MS participou da cerimônia do encerramento do Projeto Técnico Social do PNHR (Programa Nacional de Habitação Rural) na Aldeia Água Bonita, no Bairro Tarsila do Amaral, em Campo Grande, na última semana.
Por meio do programa, a aldeia recebeu 79 casas construídas e as famílias tiveram acesso a cursos voltados à geração de renda e à melhoria da qualidade de vida, palestras, oficinas e ação social. Além disso, indígenas também receberam aulas sobre violência doméstica, segurança pública, planejamento financeiro familiar, dentre outros. A série de atividades foi coordenada pela Agehab (Agência de Habitação Popular de Mato Grosso do Sul).
Na cerimônia, a defensora pública-geral, Patrícia Elias Cozzolino de Oliveira, foi recebida pelo secretário de Estado de Infraestrutura, Eduardo Riedel, e pelo cacique da aldeia, Auder Romeiro Larrea.
A diretora-presidente da Agehab, Maria do Carmo Avesani, destacou na solenidade a importância da Defensoria Pública de MS no momento de encerramento das atividades.
“Em 2015, quando enfrentávamos diversas dificuldades junto com os moradores, sem rede de água, sem energia elétrica, com diversas dúvidas a serem solucionadas, foi a Defensoria Pública que nos acolheu, nos orientou, detalhou o que tínhamos de fazer e nós conseguimos. Agradecemos muito, em especial, à defensora Jane Inês Dietrich e ao defensor público Homero Lupo por estarem conosco, em nome da Defensoria, nesse difícil começo”, afirmou.
Diretora-presidente da Agehab, Maria do Carmo Avesani.
Ao discursar, a defensora pública-geral falou da alegria de conferir o progresso da comunidade.
“A Defensoria Pública é uma instituição que vivencia, todos os dias, seja na Capital, seja nas aldeias de Dourados, ou de Aquidauana e tantas outras, a difícil realidade dos indígenas nas dificuldades de conseguir um registro de identidade, uma carteira de indígena, em ter acesso à tarifa social de energia que está prevista em lei, de consumir água encanada. Então, por isso, ficamos imensamente felizes em retornar à comunidade e vermos hoje que esses desafios foram superados, o progresso chegou e ele pode continuar”, disse a defensora-geral.
Defensora pública-geral, Patrícia Elias Cozzolino de Oliveira.
Aliado ao Projeto Técnico Social, a Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural) desenvolveu um programa de hortas agroecológicas. Além do cultivo de hortaliças, tubérculos e frutas, também são criadas galinhas e tilápias que servem como fonte de alimento e renda para centenas de índios das etnias Guató, Kadiwéu, Terena, Guarani e Kinikinau da aldeia urbana.
“O governo tem uma preocupação muito forte com o desenvolvimento sustentável da comunidade, e a melhoria da qualidade desta população está ligada a estas séries de ações desenvolvidas, que promovem, de forma efetiva, o protagonismo social destas comunidades indígenas”, declarou o secretário estadual, Eduardo Riedel.
Participaram, ainda, da cerimônia o diretor-presidente da Agraer, André Nogueira Borges, e a diretora-presidente da Amhasf (Agência Municipal de Habitação e Assuntos Fundiários), Maria Helena Bughi.
Moradoras da Aldeia Água Bonita durante apresentação.