Idoso durante atendimento da Defensoria Pública de MS.
Texto: Guilherme Henri
A Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul conseguiu que um idoso, que é cadeirante por ter as duas pernas amputadas, fosse acolhido em uma instituição de longa permanência em Campo Grande.
Conforme o coordenador do Núcleo Institucional de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos (Nudedh) e Núcleo de Ações Institucionais e Estratégicas (NAE), defensor Mateus Augusto Sutana e Silva, a instituição recebeu denúncia sobre a situação do assistido residente no Bairro Caiobá.
A Defensoria então foi in loco para prestar atendimento. No endereço, ficou constatado que o idoso, mesmo tendo as duas pernas amputadas, morava sozinho e há algum tempo não recebia qualquer tipo de assistência da família. O assistido relatou que quem prestava algum auxílio era uma irmã, contudo, devido a problemas de saúde ela já não estava mais indo a sua residência.
“A situação era chocante. O idoso é cadeirante, tendo as duas pernas amputadas. Ele contou sobre a falta de comida e que a região onde mora é muito perigosa. Constantemente ele ouve pessoas tentando arrombar a grade externa da casa que colocou para proteger a sua porta”, detalhou o coordenador do Nudedh e NAE.
Coordenador do Nudedh e NAE, defensor público Mateus Augusto Sutana e Silva.
Diante da degradante situação, a Defensoria questionou se o assistido gostaria de ser acolhido em uma instituição de longa permanência, o que foi aceito pelo idoso.
“Ingressamos com um pedido de tutela de urgência para que o município de Campo Grande seja obrigado a promover a medida de proteção de acolhimento ao idoso e recebemos o deferimento da Justiça”, destacou o coordenador do Nudedh e NAE.
A notificação sobre a tutela de urgência foi enviada ao município que, a partir desta quinta-feira (16) tem até 48h para acolher o idoso.