Texto: Danielle Valentim
A Defensoria Pública de MS, por meio da Escola Superior, recebeu a jornalista e pedagoga Elisângela Rodrigues da Costa para falar sobre "A proteção de crianças e adolescentes no ambiente virtual". O evento virtual aconteceu em alusão à Semana de Prevenção à Violação de Direitos de Crianças e Adolescentes, criada pela Lei Estadual 4.595/2014.
Sob a coordenação pedagógica do diretor da ESDP, defensor público Igor César de Manzano Linjardi, o evento contou com a mediação da defensora pública Kricilaine Oliveira da Silva Souza, da DPE/MS Cível de Rio Brilhante.
“Uma das formas mais comuns de violência contra crianças e adolescentes é a violência virtual e, em tempos de pandemia, isso se tornou ainda mais latente. A Escola Superior, atenta à questão, quer colocar um holofote sobre o assunto com o objetivo de levar essa discussão para dentro das casas, para que toda a sociedade fique atenta a essa temática”, iniciou o diretor da ESDP.
A importância do tema foi reiterada pela defensora pública de Rio Brilhante, que mencionou o aumento do acesso às plataformas digitais neste período pandêmico.
“O tema hoje ganha uma relevância ainda maior por conta do crescente acesso aos meios virtuais por crianças e adolescentes. Essa alteração ganhou um contexto acelerado por conta da pandemia. Um questionamento comum entre as mães é o de como conciliar o direito da criança e do adolescente de acesso aos meios de comunicação virtuais e a garantia de proteção em relação as novidades desse ambiente”, pontuou a defensora pública.
Defensora pública Kricilaine Oliveira da Silva Souza.
A palestrante Elisângela Rodrigues da Costa, que é jornalista, pedagoga e doutora em Ciências da Comunicação pela Universidade de São Paulo (USP), iniciou o debate detalhando o contexto da sociedade atual e a interferência das tecnologias no comportamento.
“A primeira mudança de comportamento é a emocional e quando pensamos em crianças e adolescentes, isso é maior ainda. Não há diálogo. As conexões são virtuais. Uma das consequências que percebemos como pesquisadores é realmente a falta de vínculo. A falta de diálogo é explícita com o fato de não poder discordar no ambiente digital. Isso provoca reflexos no comportamento dessas crianças e adolescentes”, destacou a palestrante.
Jornalista e pedagoga Elisângela Rodrigues da Costa.
Confira o evento completo AQUI.