Imagem: Site UNICEF
Texto: Carla Gavilan
Atenta à vulnerabilidade existente em muitos grupos sociais durante o período de isolamento, a Defensoria Pública de MS destaca algumas orientações referentes à infância e à adolescência.
A coordenadora do Nudeca (Núcleo Institucional de Promoção e Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente), defensora pública Débora Maria de Souza Paulino, explica que o assunto tem sido prioridade dos órgãos e entidades de promoção e defesa dos direitos da infância e juventude, como o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).
Coordenadora do Nudeca, defensora pública Débora Maria de Souza Paulino.
“É um período em que ficamos atentos, sem dúvida, porque sabemos que muitas crianças e jovens encontram nas escolas onde estudam um local de segurança da violência que sofrem nas suas casas. Com o isolamento social, necessário para a contenção da covid-19, esse público pode estar mais exposto a episódios de violência e, por isso, a importância da divulgação de informações, como a nota produzida pelo UNICEF, no último dia 16 de abril. Nela, são destacadas algumas orientações para que os pais, mães e responsáveis possam promover, dentro de casa, um espaço de garantia dos direitos infanto-juvenis”, afirma a coordenadora.
1. Cuide das crianças e dos adolescentes – A casa deve ser um lugar seguro para meninas e meninos, livres de agressões, abusos, exploração e negligência. Quem vive com crianças e adolescentes, deve criar um ambiente de paciência, amor, carinho e segurança para sua família, especialmente seus filhos.
2. Cuide de você – É normal sentir ansiedade, nervosismo ou estresse em uma situação como a pandemia da Covid-19, por isso, cuide da sua saúde mental. Tenha uma rotina diária; pratique algum tipo de exercício; faça algo de que goste, para relaxar; informe-se, mas evite se conectar o dia todo nas notícias e fuja das fake news. Cuidar de você é fundamental para não descontar nas crianças e nos adolescentes. Lembre-se de que eles precisam do seu carinho e proteção, e também podem estar sofrendo.
3. Procure ajuda – Você não está só. Se estiver em situação de sofrimento e muito estresse, precisando de apoio, procure o Centro de Valorização da Vida (CVV) – pelo telefone 188 ou pelo site cvv.org.br/quero-conversar/. Se for o único adulto responsável pelas crianças da casa e precisar ir ao hospital, peça ajuda de pessoas da sua confiança, ou ligue para o Conselho Tutelar da sua região e busque apoio dos órgãos de proteção à criança na sua cidade.
4. Denuncie – Proteger crianças e adolescentes é responsabilidade de todos nós! A crise, o estresse e a pressão em tempos de coronavírus não podem ser desculpas para relativizar a violência. Castigos físicos, agressões psicológicas, abuso e exploração sexual e violência baseada em gênero não podem ser tolerados sob nenhuma circunstância. Denunciar também é uma forma de prevenir que isso aconteça. Por isso, tenha em mãos os canais de denúncia para qualquer situação de violência contra crianças e adolescentes. Não se cale!
5. Conheça e divulgue os canais de proteção – Para que todos possam enfrentar a violência contra crianças e adolescentes neste momento de pandemia, é necessário ter acesso a informações de qualidade e saber como proceder para denunciar. Se você for vítima ou se testemunhar, souber ou suspeitar de alguma violência, pode acionar o Conselho Tutelar da sua região, ligar no Disque 100 ou, se necessário, procurar a polícia. Conheça e divulgue os principais canais para seus colegas, familiares e amigos.