Hospital da Vida em Dourados.
Após realizar vistorias e encontrar o Hospital da Vida em situação caótica, a Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul conseguiu administrativamente melhorias significativas aos assistidos internados na unidade de saúde em Dourados – a 233 quilômetros de Campo Grande.
Conforme a defensora pública Mariza de Fátima Gonçalves, em terceira visita, na última quinta-feira (22), foi constatado que, a administração do hospital providenciou a troca do sistema de refrigeração dos leitos e de outros setores, além de investir em aparelhos com função que elimina 99% das bactérias do ar, no quarto dos pacientes em isolamento.
Outra providência foi a reforma na enfermaria cirúrgica/ortopédica, onde removeram os mofos dos banheiros e na sala de hemodiálise. O Hospital também comprou medicamentos e insumos básicos.
“Mesmo diante da significativa melhora, a Defensoria Pública continuará o trabalho diuturnamente para garantir os direitos individuais e coletivos dos assistidos, que estão internados no Hospital da Vida”, garantiu a defensora pública.
Defensora pública Mariza de Fátima Gonçalves durante uma das visitas ao Hospital da Vida.
Caos
Desde o início deste mês, a Defensoria realiza uma série de reuniões com autoridades e vistorias no Hospital da Vida, para averiguar inúmeras denúncias sobre a situação caótica da unidade de saúde.
In loco, a Instituição constatou que havia demora na realização de exames, falta de insumos básicos, banheiros com mofo, pacientes “internados” em corredores entre outras irregularidades.
No dia 16, uma paciente em isolamento morreu no hospital. Os familiares procuraram a Defensoria Pública e informaram que, a unidade de saúde não realizou os exames laboratoriais solicitados pelos médicos, mesmo diante do grave quadro clínico de infecção bacteriana. O caso segue em apuração para melhor salvaguarda do direito da família envolvida. (Veja aqui)
Já as demais irregularidades, a Defensoria Pública recomendou administrativamente que sejam resolvidas, evitando-se a judicialização.
(Texto: Guilherme Henri)