A Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul participou da apresentação de dados sobre a violência contra a mulher no Estado em uma roda de conversa promovida nessa sexta-feira (1) pela Comissão Especial de Equidade de Gênero e Raça (CEEGR) do Ministério Público (MPF).
Os números foram apresentados pela Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) e apresentam um cenário alarmante. De janeiro a novembro deste ano, Mato Grosso do Sul registrou 16 mil ocorrências de violência doméstica. Em Campo Grande, foram 6,6 mil. No mesmo período, foram assassinadas 25 mulheres, uma delas indígena. Na Capital, aconteceram 16 tentativas e seis feminicídios consumados, além de 108 estupros.
A coordenadora do Núcleo de Ações Institucionais e Estratégicas (NAE), defensora pública Eni Maria Sezerino Diniz esteve presente na reunião e destacou o papel de combate à violência de gênero realizado pela Defensoria Pública, além de apontar uma falta de representatividade endêmica nas instituições públicas.
"A prevenção à violência de gênero deve ter por fundamento primeiro o fomento à educação em todos os seus âmbitos. Compete a cada um de nós, como formadores de opinião, o combate à prática desagregadora e violenta com debate amplo e atuação pela promoção do respeito à diversidade".
A roda de conversa foi o primeiro evento promovido pela CEEGR e atraiu um público engajado na temática. Várias especialistas estiveram presentes para discutir formas de erradicar a violência contra a mulher, como membros da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJ/MS), do Coletivo de Mulheres Negras de MS e lideranças indígenas.
Com fotos e informações da Ascom MPF/MS