A Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul promoveu na última terça-feira (12), em Amambai, que fica a 295 quilômetros da Capital, uma discussão sobre o suicídio indígena, em virtude da campanha Setembro Amarelo, mês da prevenção ao suicídio.
O propósito foi fazer a abordagem do problema junto à comunidade indígena, apresentando atitudes necessárias a fim de diminuir o número de ocorrência nas aldeias de Amambai.
A reunião foi composta pelo coordenador da 8ª Regional, defensor público Marcelo Marinho da Silva, a promotora de justiça Nara Mendes dos Santos Fernandes, o comandante da Polícia Militar Wesley de Araújo, além de representantes da Fundação Nacional do Índio (Funai), da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), do Centro de Referência de Assistência Social (Cras), da Secretaria Municipal de Educação, de lideranças indígenas, estudantes e professores.
Mato Grosso do Sul é o terceiro Estado com a maior taxa de suicídio do Brasil, segundo o Mapa da Violência de 2014, o que torna os números mais preocupantes quando se trata da população indígena.
Os representantes das comunidades enfatizaram que o suicídio não faz parte da cultura indígena. Dentre as causas citadas, destacam a falta de espaço e de atividades recreativas nas aldeias, além da ausência de políticas públicas.
Os participantes do evento poderão apresentar propostas de ações à Defensoria Pública e ao Ministério Público até o final do mês e, então, o grupo se reunirá novamente para discutir a elaboração de um plano de trabalho.
Rafael Navarro, sob a supervisão de Naurimar Franco